quarta-feira, agosto 31, 2016

SÃO FIDÉLIS: ACIDENTE ENTRE ÔNIBUS E VIATURA, MATA 4 POLICIAIS.

É enorme a comoção em São Fidélis, com o acidente entre o ônibus que transporta universitários para Campos e uma viatura da Policia Militar, ocupada por quatro soldados, todos mortos. A colisão ocorreu nas proximidades do cemitério local, no acesso a RJ, que liga São Fidélis a campos.

O jornal O Diário trouxe matéria à respeito. Leia:


 31 de Agosto de 2016 | 18h16 - Atualizado em 31/08/2016 18h26

Quatro policiais morrem em grave acidente em São Fidélis

A colisão aconteceu entre a viatura, onde estavam os quatro policiais, e um ônibus escolar, que transportavam estudantes de universidade

Um grave acidente tirou a vida de quatro policiais militres lotados na 4ª Compainha de Polícia Militar de São Fidélis. O acidente aconteceu no fim da tarde desta quarta-feira (31), por volta das 17h15, no Km 128 da RJ 158 (Campos x São Fidélis), na altura da curva do Pesque e Paque, em São Fidélis. 
A colisão aconteceu entre a viatura, onde estavam os quatro policiais, e um ônibus escolar, que levava estudantes para faculdades em Campos. No coletivo, 12 pessoas teriam se ferido e levados .
As causas do acidente, assim como o nome das vítimas, ainda estão sendo apuradas.
Mais informações a qualquer momento.

SENADO APROVA POR AMPLA MAIORIA IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEF

g1:


31/08/2016 13h35 - Atualizado em 31/08/2016 13h43

Senado aprova impeachment, Dilma perde mandato e Temer assume

Presidente afastada perdeu mandato por 61 votos favoráveis e 20 contrários.
Oficiais de justiça notificarão Dilma; sessão do Congresso dará posse a Temer.

Gustavo Garcia, Fernanda Calgaro, Filipe Matoso e Laís LisDo G1, em Brasília
O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (31), por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o impeachment de Dilma Rousseff. A presidente afastada foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional.
A decisão foi tomada na primeira votação do julgamento final do processo de impeachment. A pedido de senadores aliados de Dilma, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, decidiu realizar duas votações no plenário.
A primeira, analisou apenas se a petista deveria perder o mandato de presidente da República. Na sequência, os senadores irão apreciar se Dilma deve ficar inelegível por oito anos a partir de 1º de janeiro de 2019 e impedida de exercer qualquer função pública. Até a última atualização desta reportagem, a segunda votação ainda não havia sido realizada.
Segundo a assessoria do Supremo, ainda nesta quarta, oficiais de Justiça notificarão a ex-presidente e o presidente em exercício Michel Temer sobre o resultado do julgamento.
Temer deve ser empossado presidente da República ainda nesta quarta, em sessão do Congresso Nacional que será realizada no plenário da Câmara.

Já Dilma deverá desocupar em até 30 dias o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em Brasília, e terá reduzida para oito servidores sua equipe de assessores, seguranças e motorista.
Processo de impeachment
A condenação de Dilma se deu após seis dias de julgamento no Senado. Até o impeachment, houve sete votações no Congresso.
O primeiro parecer foi aprovado na comissão especial da Câmara, em 11 de abril de 2016, por 38 a 27 (veja todas as etapas do processo).

A autorização para a abertura do processo foi dada em 2 de dezembro de 2015, pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no mesmo dia em que a bancada do PT decidiu votar pela continuidade do processo de cassação contra ele no Conselho de Ética.

Em 12 de maio, o Senado decidiu afastar Dilma, e Temer assumiu a Presidência interinamente. Desde então, o processo de impeachment passou a ser conduzido pelo presidente do Supremo.

Condenação
O pedido de impeachment contra Dilma, apresentado pelos juristas Miguel Reale Júnior, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo, apontou que ela cometeu crime de responsabilidade ao editar três decretos de créditos suplementares sem autorização do Legislativo e ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais”, que consistiram no atraso de pagamentos ao Banco do Brasil por subsídios agrícolas referentes ao Plano Safra.

Segundo os juristas – e agora o Congresso – Dilma descumpriu a Lei Orçamentária de 2015 e contraiu empréstimo com instituição financeira que controla – o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Aliados da petista e seus advogados argumentaram, ao longo de todo o processo, que Dilma não cometeu ilegalidade e que não houve dolo ou má-fé na abertura de créditos suplementares. Além disso, que as chamadas “pedaladas” não são empréstimos, mas prestações de serviços cujos pagamentos foram regularizados após orientações do Tribunal de Contas da União (TCU).

A defesa da ex-presidente afirmou ainda que o processo de impeachment foi aberto como ato de “vingança” do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por não ter recebido apoio da bancada do PT para barrar o processo de cassação contra ele.

Impeachment de Collor
Esta não é a primeira vez que um presidente da República sofre um processo de impeachment no Brasil. Em 1992, o ex-presidente Fernando Collor foi condenado por crime de responsabilidade por ter utilizado cheques fantasmas para o pagamento de despesas pessoais – como uma reforma na Casa da Dinda, residência em que morava em Brasília, e a compra de um carro Fiat Elba.

Collor renunciou antes da votação final pelo Senado, mas mesmo assim o processo continuou. Atualmente senador pelo estado de Alagoas, ele votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff nesta quarta.

Além de Collor e Dilma, todos os ex-presidentes da República desde a redemocratização do país foram alvo de pedidos de impeachment. Mas somente os processos de Dilma e do senador alagoano foram levados adiante.

Momento a momento do impeachment
Relembre etapa por etapa do processo de impeachment de Dilma:

2015
- 2 de dezembro: Cunha anuncia que autorizou abertura de processo de impeachment de Dilma Rousseff.

2016
- 11 de abril: Comissão especial na Câmara aprova por 38 votos favoráveis e 27 contrários parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pela continuidade do processo de impeachment. Caso vai ao plenário principal da Câmara.
- 17 de abril: Plenário principal da Câmara aprova, por 367 votos favoráveis e 137 contrários, prosseguimento do processo de impeachment, que é encaminhado ao Senado;
- 6 de maio: Comissão especial no Senado aprova, por 15 a 5, parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) favorável à abertura do processo de impeachment pela Casa, fase chamada de “admissibilidade da denúncia”. Relatório vai à votação no plenário do Senado;
- 12 de maio: Depois de uma sessão de mais de 20 horas, o plenário principal do Senado aprova, por 55 a 22, a abertura do processo de impeachment pela Casa. Dilma Rousseff é afastada da função por até 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume seu lugar;
- 4 de agosto: Após a requisição de documentos, produção de perícia e depoimentos de 45 testemunhas, a comissão especial do impeachment do Senado decidiu, ao aprovar relatório de Anastasia por 14 votos a 5, que Dilma deveria ser levada a julgamento. A fase, chamada de “pronúncia”, também vai à votação pelo plenário principal;
- 10 de agosto: Plenário principal do Senado decide – por 59 votos a 21 – que a denúncia contra Dilma Rousseff é procedente e que a petista deve ser julgada por crimes de responsabilidade. Com a aprovação do relatório da comissão especial, é concluída a fase de “pronúncia”;
- De 10 a 12 de agosto: Acusação e defesa entregam manifestações finais do processo e listas de testemunhas que escolheram para depor ao Senado. Julgamento é marcado para o dia 25 de agosto de 2016;
- 25 a 27 de agosto: Senado começa julgamento do impeachment de Dilma com o depoimento de testemunhas;
- 29 de agosto: Dilma Rousseff vai ao Senado e reitera que não cometeu crime de responsabilidade e que o processo de impeachment é “golpe” movido por Eduardo Cunha em um ato de “desvio de poder”.
- 30 de agosto: Acusação e defesa fazem últimas manifestações no processo de impeachment e senadores se pronunciam sobre o afastamento de Dilma Rousseff.
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terça-feira, agosto 30, 2016

TRAGÉDIA NA BARRA: UMA TRISTEZA SEM FIM

O Dia:

VIZINHOS FAZEM VIGÍLIA E REZAM POR FAMÍLIA ASSASSINADA EM CONDMÍNIO NA BARRA



Moradores do condomínio fizeram preces pela família. A barbárie é inadimíssivel e difícil de acreditar pelos vizinhos. Ainda na manhã de ontem, agentes da Divisão de Homicídios encontraram pistas no local do crime: uma faca, a tela de proteção da varanda rasgada, por onde as crianças foram arremessadas, e uma carta escrita pelo homem que tirou a vida de sua família.

Porteiro do prédio há 14 anos, Wilton Santos contou que as vítimas eram tranquilas e nunca ouviu falar de problemas envolvendo o casal. "Eu vi as crianças ainda na barriga da mãe. A família era muito tranquila. O pai era reservado e sério, mas ela era uma mulher muito extrovertida e simpática. Nunca ouvimos sinais de brigas ou algo que desabonasse a conduta deles aqui. Ele (Nabor) sempre descia para brincar com os meninos, eles jogavam bola aqui. Ninguém esperava isso. Fomos pegos de surpresa", afirmou.


"Eu acordei 6h20 para chamar o menino para a escola. Ouvi os barulhos, como se fossem de tiro e chamei a minha patroa, disse que estava acontecendo alguma coisa. Olhei pela janela e vi o primeiro corpo. Eu a chamei e, quando olhei para baixo, vi os outros dois corpos", contou a doméstica Lucina Salviano da Silva, que trabalha no condomínio.

Marcia Kandelman, que mora no prédio de 23 andares, disse que estava em casa com o marido quando ouviu gritos por volta de 6h30. Ela afirmou ter a impressão de que as crianças foram jogadas vivas pela janela, já que a rede de proteção do apartamento estava rasgada.

A Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, não descarta nenhuma hipótese para o crime. Mas o delegado Fábio Cardoso admite, porém, que a mais provável seja triplo homicídio seguido de suicídio. Nabor teria assassinado a esposa e, em seguida, jogado as crianças pela janela para um minuto depois também se atirar de uma altura de 60 metros.



Lais Khouri, 48 anos, foi morta a facadas pelo marido. Após o crime, ele jogou os dois filhos pela janela e se matou

No quarto dos meninos também foram encontrados uma marreta e um estilete, que podem ter sido usados pelo pai no crime.

Uma carta que teria sido escrita por Nabor também está sendo analisada pelos policiais. Nela, estão relatadas dificuldades financeiras e profissionais vividas pelo casal, além dos problemas de saúde de Laís (que tinha esclerose múltipla) e de Arthur (que sofreria de problemas no coração).

Nabor trabalhou até o mês passado na empresa de telefonia Tim, mas se desligou para abrir sua própria empresa, a N Reach Consultoria de Sistemas, em busca de salário maior, que cobrisse as despesas familiares.

“Me preocupa muito deixar minha família na mão. Sempre coloquei eles (sic) à frente de tudo ante essa decisão arriscada para ganhar mais. Mas está claro para mim que está insustentável e não vou conseguir levar adiante. Não vamos ter mais renda e não vou ter como sustentar a família. Sinto um desgosto profundo por ter falhado com tanta força, por deixar todos na mão, mas melhor acabar com tudo logo e evitar o sofrimento de todos”, diz trecho da carta.

O delegado Fábio Cardoso, no entanto, preferiu aguardar o exame grafotécnico antes de afirmar que a carta foi escrita por Nabor. “Pelo que conversamos com parentes, ele vinha se queixando de insatisfação no trabalho, mas não de problemas financeiros. E também não há histórico de problemas psicológicos”, afirmou Fábio Cardoso.

Vizinhos e amigos da família ficaram chocados a tragédia. No condomínio, ninguém havia percebido brigas entre o casal ou com os filhos. Também não havia indícios de envolvimento com drogas e álcool. “Era um casal tranquilo. Ele era mais sério. Ela, mais extrovertida, brincalhona. Vi as crianças ainda na barriga. Ninguém aqui entendeu nada. É um dia muito triste”, contou o porteiro Wilton Santos, que trabalha no condomínio há 15 anos.



A carta

Leia na íntegra:

Me preocupa muito deixar minha família na mão. Sempre coloquei eles à frente de tudo ante essa decisão arriscada para ganhar mais. Mas está claro para mim que está insustentável e não vou conseguir levar adiante. Não vamos ter mais renda e não vou ter como sustentar a família".

"Sinto um desgosto profundo por ter falhado com tanta força, por deixar todos na mão. Mas melhor acabar com tudo isso logo e evitar o sofrimento de todos".

"Ainda não conseguimos contratar o novo plano de saúde. (...) Com o histórico médico de Lais e de Arthur, será que aprovam? Será que não vai ficar super caro?".

Dívida

Nabor tinha uma dívida de R$ 20 mil com uma empreiteira. O mesmo valor também é cobrado a cada um dos donos das unidades no condomínio Villa Mare, na Barra Da Tijuca, onde o ex-funcionário da TIM possuia um apartamento. A divida impedia a venda do imóvel, mas não o impedia de alugar ou residir no local. A advogada responsável pela ação Bruna Kamarov, de 32 anos, não acredita que haja uma relação entre a divida e o caso. "A ação é de 2012. Ele era preocupado, mandava e-mails constantemente, mas sempre agiu de forma muito normal", contou Bruna.

Segundo a advogada, o valor cobrado pela empreiteira não passou por avaliação de pré-aprovação em assembleia e, por isso, é questionado. Também afirmou não considera a cobrança devida e que ainda aguarda a sentença favorável à todos os condôminos. Bruna também é advogada de outros moradores do prédio, que também contestam o valor na justiça. Ela disse ainda que Nabor tinha um bom relacionamento com todo grupo de donos.

NOVIDADE: APLICATIVO PARA REGISTRO DE OCORRÊNCIA POLICIAL

O Diario:



Aplicativo permite ao cidadão fluminense registrar ocorrência sem ir à delegacia

Documento emitido online tem a mesma validade de um BO feito em uma delegacia

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro criou um aplicativo que permite aos usuários fazer Registro de Ocorrência através de aparelhos móveis, dentre eles o celular. O aplicativo deve ser baixado pelo usuário, que através dele conseguirá fazer “comunicação de ocorrência”, “extravio de documentos” e “denúncia do bairro”. O procedimento é simples: basta clicar e preencher o formulário.

Para baixar a ferramenta é necessário entrar numa loja de aplicativos, buscar por “Delegacia Online PCERJ” e instalar. O aplicativo desenvolvido pelo Departamento Geral de Tecnologia da Informação e Telecomunicações  da Polícia Civil já está disponível para download na Play Store e na App Store.

Através do aplicativo também é possível entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cidadão (CAC), tirar dúvidas, fazer elogios ou reclamações, contribuir com informações para investigações e auxiliar a Polícia Civil na localização de foragidos.

Desde 2014, está disponível no estado um sistema similar para registro de boletins de ocorrência (BO) pela internet. O documento emitido online tem a mesma validade de um BO feito em uma delegacia. Para fazer o registro é necessário acessar o site da Delegacia de Dedicação Integral ao Cidadão (Dedic) da Polícia Civil. Em seguida, é só preencher o formulário disponibilizado na delegacia eletrônica.

O serviço é disponibilizado para cidadãos com idade a partir de 18 anos, que devem indicar o CPF e o CEP do local onde moram. No caso de turista estrangeiro, que não tem o CPF, é necessário informar o CNPJ do estabelecimento hoteleiro onde está hospedado.

ACUSAÇÃO E DEFESA DE DILMA SE ENFRENTAM NO SENADO

g1:

30/08/2016 05h00 - Atualizado em 30/08/2016 05h00

Sessão desta terça terá debate entre advogados e discursos de senadores

Debate deve durar 5h; cada senador terá direito a falar 10 minutos na tribuna.
Julgamento da presidente afastada deve ser decidido somente na quarta.

Do G1, em Brasília
Após o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff, a sessão de julgamento do processo de impeachment será retomada nesta terça-feira (30) com a fase de debates entre acusação e defesa. Após a discussão do processo, estão previsos os discursos dos senadores na tribuna doSenado.
De acordo com as regras definidas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministroRicardo Lewandowski, os advogados de acusação terão 1h30 para apresentar seus argumentos, o mesmo tempo reservado para os responsáveis pela defesa de Dilma.
Depois, estão previstas réplica e tréplica de 1h cada. Com isso, a fase de debates entre os advogados deve durar, ao todo, 5h.
Após o debate entre os advogados, terá início a fase de manifestação dos senadores sobre o processo. Cada um terá até 10 minutos para discursar, o que deve fazer com que a sessão se estenda por muitas horas. Caso os 81 senadores decidam se pronunciar pelo tempo máximo, a previsão é de que, só esta fase, dure 13 horas e meia.
Desta forma, a previsão inicial é de que a fase de debates dure 18 horas e meia, sem levar em conta os intervalos previstos para almoço e jantar.
A expectativa dos aliados do presidente em exercício Michel Temer era de que a votação final que poderá levar ao afastamento definitivo de Dilma fosse realizada na madrugada de quarta (31), já que o peemedebista tem viagem marcada para a China para participar da Cúpula do G20.
De acordo com o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, Temer não quer viajar para a reunião do G20 como presidente em exercício. Assim, ele deve atrasar a ida à China para aguardar o resultado do julgamento de Dilma.
Caso Lewandowski e os senadores decidam prosseguir com a sessão pela madrugada de quarta, o presidente do STF fará a leitura do resumo do processo com as alegações da acusação e da defesa.
Depois, é iniciada a fase de votação. Dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários terão cinco minutos cada um para encaminhamento de votação.
Passada a fase de encaminhamento,Lewandowski perguntará aos senadores o seguinte: “Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vanna Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?”
A votação será nominal, via painel eletrônico. Depois o resultado será proclamado. Caso, ao menos, 54 senadores votarem a favor do impeachment, Dilma será definitivamente afastada da Presidência e ficará inelegível por oito anos a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato.
Se o placar de 54 votos favoráveis ao impedimento não for atingido, o processo será arquivado e Dilma reassumirá a Presidência da República.
Depoimento de Dilma
Nesta segunda, a presidente afastada discursou no plenário do Senado e respondeu às perguntas dos senadores. Na sua fala inicial, que durou 46 minutos, ela disse que é alvo de um "golpe de estado" e que não cometeu os crimes de responsabilidade pelos quais é acusada. Segundo ela, só os eleitores podem afastar um governo "pelo conjunto da obra".
Ela também relacionou o que chamou de “golpe” ao governo do presidente em exercício Michel Temer, ao qual classificou como “usurpador”.
Depois do discurso, Dilma também respondeu às perguntas de 48 senadores. Durante mais de 12 horas, a presidente foi questionada por parlamentares da base e da oposição sobre os supostos crimes que cometeu e está sendo julgada.
Entre os convidados da presidente afastada que acompanharam a participação dela no plenários estavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o cantor e compositor Chico Buarque. Além disso, 18 ex-ministros do governo da petista também foram ao Senado.
A presidente afastada também voltou a defender um plebiscito para consultar a população sobre a antecipação das eleições presidenciais.
Essa proposta já havia sido apresentada pela presidente afastada há cerca de duas semanas, quando ela divulgou uma carta na qual disse apoiar a consulta à população, caso retome o mandato após o processo de impeachment.
29/08 - Ricardo Lewandowski, presidente do STF, o advogado de defesa José Eduardo Cardozo e o senador Aécio Neves dão risadas ao lado da presidente afastada Dilma Rousseff durante o julgamento final do impeachment no plenário do Senado, em Brasília (Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil)29/08 - Ricardo Lewandowski, presidente do STF, o advogado de defesa José Eduardo Cardozo e o senador Aécio Neves dão risadas ao lado da presidente afastada Dilma Rousseff durante o julgamento final do impeachment no plenário do Senado, em Brasília (Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil)
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