terça-feira, maio 24, 2016

COORDENADORIA REGIONAL CONTINUA OCUPADA POR PROFESSORES

O Diario:



Ocupação segue na regional sem energia e com doações

No segundo dia, movimento recebeu críticas e apoio de estudantes

Ontem (24), foi o segundo dia de ocupação do prédio da Coordenadoria Regional de Educação do Norte Fluminense no Centro de Campos, órgão ligado à Secretaria de Estado de Educação (Seeduc). Mesmo sem o fornecimento de energia, cortado na noite do primeiro dia da ocupação, segunda-feira (23), e alimentação dependendo de doações, cerca de 20 profissionais continuam com a ocupação. Ontem, a mãe de uma aluna se rebelou contra o movimento.

A ocupação do prédio é motivada por uma série de reivindicações da categoria, que está em greve desde março. Entre as reivindicações estão: exoneração imediata de um dos coordenadores da regional, saída do secretário Wagner Victer, eleições para diretores e outras. 

Os profissionais condicionaram a desocupação do prédio à elaboração de um documento da Seeduc informando às escolas que não haverá perda pedagógica para os alunos das escolas ocupadas e em greve.  Em Campos, são nove escolas ocupadas. Viaturas da Polícia Militar continuam no local.

DCE da Uenf, IFF e UFF apóiam

Nesta terça-feira, Ana Márcia Salgado, 36 anos, mãe de uma aluna de 17 anos do Liceu de Humanidades de Campos se rebelou contra a ocupação. Segundo ela, a adolescente não consegue concluir o ensino médio, nem obter a documentação necessária para estudar em São João da Barra. “Ela passou no vestibular e não vai poder ingressar no curso de engenharia em uma universidade particular por causa da greve. Que educação é essa que impede o aluno de estudar?”, questionou.  

Por outro lado, o movimento ganhou apoio do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), do Instituto Federal Fluminense e da Universidade Federal Fluminense (UFF). “Nós do DCE/Uenf entendemos que essa mobilização que vem ocorrendo em todo Estado é primordial para que possamos alcançar respostas de fato do Governo. Essa crise não é tudo que o Estado alarma. A grande questão é que a prioridade tem sido a iniciativa privada. Reconhecemos a luta dos professores e com eles vivemos as mazelas”, disse Gilberto Gomes, diretor do DCE/Uenf.

A Seeduc foi contatada, mas até o fechamento desta edição não enviou posicionamento sobre a ocupação do prédio.
 

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