CAMPOS VAI À BOLSA DE NOVA YORQUE

A prefeitura de Campos, sob o signo da oligarquia fashion mau, pode até conseguir que os títulos, sob lastro dos royalties do petróleo, sejam negociados na Bolsa de Valoes de Nova Yorque, e, por conseguinte, entre na bolsa da viúva a antecipação redentora dos "recebíveis" e uma parte do buraco municipal seja coberto, mas, definitivamente, as condições de pagamento dos juros e do principal da transação NÃO serão como as que apregoa o secretário de governo desta vila formosa. NÃO.

A Bolsa de Nova Yorque é o mais robusto mercado financeiro do Mundo, com estatuto próprio, autonomia absoluta, portanto, imune à uma legislação excepcional do Senado brasileiro. Os royalties são verba indenizatória, regulada pelo volátil mercado do petróleo, que, recentemente, despencou de 145 dólares para 45 e devastou economias dependendentes, inclusive, a nossa.

O secretário se escora no que está escrito no texto da lei, cuja eficácia será a mesma que taxava juros a 12 por cento ao ano, quando a inflação batia na casa dos 100 por cento ao mês ou da prosaica lei estadual que proibe que bares sirvam cafezinho em copos de vidro.

Longe da lei está o exemplo da Grécia, país da zona do Euro, que, quase teve que entar em guerra, para conseguir dilatação do pazo de pagamento de sua dívida externa, depois do plebiscito e da bravata de romper com o compadrio econômico europeu. É assim o Grande Capital, ou dá ou desce. O dinheiro não tem Pátria, nem cor, nem religião e, muito menos, faz caridade.

O Mercado financeiro só faz negócio se for para lucrar. O resto é fanfarronice.

FLF