terça-feira, outubro 21, 2014

WANDERLEI PRA VOCÊ O SAMBA TIRA O CHAPEU

Página de O Diario:

A voz do samba

Publicado em 19/10/2014


Antônio Leudo
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Wanderley é responsável pelo famoso cafezinho da Secom e nem todo mundo sabe que ele é uma lenda viva do carnaval campista

Da Redação

O carnaval campista é formado por diversos colaboradores, que contribuem para fazer da festa popular o sucesso que é. Um destes colaboradores, uma verdadeira memória viva do carnaval campista, é o Seu Wanderlei, que aos 20 anos ingressou na Escola de Samba Mocidade Louca, do Morrinho. Azul, Vermelho e Branco de coração, foi levado por um amigo para a escola de samba e passou a integrar a agremiação como componente, frequentando os ensaios.

Em 1985, da quadrilha caipira Laços de Alegria, do bairro Parque Rosário, fundou o Bloco de Samba União Feliz, junto da filha Dilcinéia e suas colegas, Elisângela e Franciele, filhas de Maria Soraia, atual presidente do bloco; e de outros carnavalescos como Osvaldo Pé de Ferro, pai do ex-jogador Odvan; e Grácio Abreu, entre outros.

Ele se lembra com saudade dos carnavais antigos e cita algumas agremiações que foram extintas: o bloco da antiga CELF (Central Elétrica Fluminense); Quem não viu vem vê, bloco do clube de futebol Goytacaz; Bloco Os Vagalumes, do Capão; escola de samba Sorriso do Norte, do Jardim Carioca; Chuva de Prata; Império do Samba, da Coroa; Unidos da Coroa, da Baleeira; Deixa que eu chuto e Os Corujas, ambos da Lapa.

Saudosismo com otimismo - Wanderlei comenta também sobre os chamados cordões, que existiam antes. -Nos cordões, as pessoas saíam fantasiadas de índio, apitando e segurando um estandarte- observa. Alguns destes cordões eram o Estrela de Ouro, comandado por Arraia; Triunfo das Cores, de Moacir; e Terror do Norte, de Benedito Paga Luz. -A concentração do carnaval era na Praça São Salvador, onde atualmente fica o Museu. Os desfiles saíam dos interiores e concentravam na praça. Tinham muitos blocos, várias escolas. Sinto saudades, mas vivo o presente. Hoje, por exemplo, temos a Madureira do Turf, uma escola de tradição que reviveu e ficou - comenta Wanderlei.

Ele também cita o Cepop como uma grande obra, que veio para a evolução do carnaval de Campos. -O Cepop é palco para vários eventos. O que me deixa satisfeito e prova a evolução que tivemos no nosso carnaval - elogia.

Breve Biografia - Wanderlei Inácio de Assis Almeida, de 72 anos, nasceu num carnaval de 1942, no dia 3 de fevereiro. Estava "condenado" a ser um folião. Natural de Trajano de Moraes, no Noroeste Fluminense; e criado em Conceição de Macabu, norte do estado; Wanderlei saiu de casa aos 16 anos e veio para Campos morar na casa de amigos.

Trabalhou como lavador de carro em posto de gasolina e auxiliar de serviços gerais em casa de família e no rádio, a partir de 1964 e de onde ascendeu para operador de externa. Do rádio, por intermédio do jornalista Fernando Leite, em 1986 foi trabalhar na Prefeitura de Campos como operador de som em inaugurações. Atualmente, ele dá suporte na Secretaria de Comunicação Social e é responsável pelo famoso cafezinho do órgão do poder público municipal.

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