sábado, agosto 30, 2014

MALHA CICLOVIÁRIA EM CAMPOS

(Por e-mail)

Recentemente, foi anunciado que Campos está expandindo a sua malha cicloviária, dando ênfase a ampliação das ciclofaixas, entretanto, todas estão em desacordo com o padrão determinado pelo CTB (Código de Trânsito Brasileiro) e pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), este último, especialmente em relação a Resolução 236/2007, seja pelas características de demarcação horizontal, seja pelas características, principais, de dimensão (largura); onde, pontualmente por esse aspecto, os ciclistas em Campos sofrem sério risco - especialmente pela irresponsável demarcação na cabeceira da Ponte Leonel Brizola - Guarus-Centro - de vida e os motoristas dos automotores, tanto individuais quanto coletivos, estão involuntariamente sujeitos às penalidades, por infração tipo média de trânsito, sujeito a multa, conforme define o art.: 201 do CTB. Assim, alguns aspectos merecem destaque:

Das Definições:

Ciclofaixa - parte da pista de rolamento, destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica.

Ciclovia - pista própria destinada a circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum.

Faixa de Trânsito - qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores.

Estacionamento - imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para o embarque ou desembarque de passageiros.

Acostamento - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para este fim.

MCI - delimita a parte da pista de rolamento destinada exclusivamente à circulação de bicicletas, denominada ciclofaixa.

Das Ciclofaixas:

A marcação das ciclofaixas é constituída por linha contínua, branca, com largura de, no mínimo, 0,20m e, no máximo, 0,30m, complementada por linha contínua vermelha, com largura mínima de 0,10m. A recomendação da largura é de 1,50m para ciclofaixas em sentido único e 2,50m, em sentido duplo, na lateral da pista, sendo complementadas por sinalização com símbolo de bicicleta, tanto horizontal quanto vertical, podendo ser aplicados tachões ou tachas refletivas. Os tachões ou tachas, são sinalizadores de segurança, não demarcadores das ciclofaixas. Podem ter toda a sua extensão pintada na cor vermelha.

Da Malha Cicloviária:

Em Campos, havia até 2008, 18 km de malha, sendo ampliada para cerca de 50 km atualmente, com a intenção de alcançar 70 km, porém, se formos atentar quanto aos parâmetros definidos na legislação de transito brasileira, no caso especial das ciclofaixas, esse número é significativamente reduzido devido a não conformidade, além de incompatibilidade com o modal de transporte a qual se destina, visto a largura de envergadura do guidão, ou seja de ponta a ponta deste, possuir 0,78m, praticamente a largura das ciclofaixas de Campos, que tem 0,80m de largura. A situação piora quando há disposição em sentido duplo, caso das ciclofaixas em Guarus - Ponte Leonel Brizola - seja pelo risco de choque entre os ciclistas ou pelos riscos mencionados em relação aos veículos motorizados. Embora o Estado do Rio de Janeiro seja o maior em quilômetros de malha cicloviária, cerca de 270 km (2013), apropriadas ao uso, isso parece não inspirar a Prefeitura de Campos, que contraria os parâmetros definidos em lei.

Dos Conflitos:

Por incrível que possa parecer, chegou haver o absurdo de na Av. Alberto Torres a ciclofaixa ser demarcada sobre pontos de táxi. Em outros locais, como na Rua Tenente Coronel Cardoso e Rua Saldanha Marinho, as ciclofaixas estão comprometidas por bueiros pluviais, com e sem tampa, e rampas de acesso às garagens. Também, não há sinalização sonora, horizontal e de alerta quando dos cruzamentos com saídas de garagens, especialmente de prédios multifamiliares e comerciais. Outro absurdo é a demarcação feita na cabeceira da Ponte Leonel Brizola - Guarus.

Das Soluções:

Até o momento, só foram reparadas as demarcações dos pontos de táxi, na Av. Alberto Torres, permanecendo inalterados todos os outros aspectos incorretos, largura principalmente, colocando em dúvidas as reais intenções da Prefeitura quando do uso dos recursos públicos para as pinturas e instalações de tachões pelas ruas de Campos.

Abç.,


Renato César Arêas Siqueira
arquiteto e urbanista
perito técnico
professor bolsista UENF

3 comentários:

  1. Vai acontecer uma desgraça na Alberto Torres. As faixas diminuíram a avenida, não dá mais para passar dois carros, as "bicicretas" na contramão com seus respectivos "bicicreteiros" se jogando no meio da rua , Caos total. Nem as ciclofaixas deixam os ciclistas confortáveis, pois são super estreitas, os "olhos de gato" podem causar acidentes, pois se o ciclista sair um pouco sequer da faixa e passar por esses obstáculos, corre risco de se estatelar embaixo de um carro, uma irresponsabilidade. ESTE LOUCO DA EMUT DEVIA SER PRESO!Quer fingir que está trabalhando com "projetinho" de quinta e a população que se dane!

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  2. Informações colocam como única intenção a estatística para melhorar alguns pontos no IDH .Ou seja,mais uma maquiagem!!!

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  3. já que se esta expandindo as faixas para bicicletas na cidade, e diminuindo ainda mais as faixas destinadas a carros, sabendo que o fluxo de veículos só aumenta, ao menos deveriam acabar com a ciclovia da avenida 28 de março, e fazer 3 vias de ponta a ponta dessa importante avenida de campos, que em alguns horários se torna um caos, inclusive pela irresponsabilidade de ciclistas que pedalam pelas avenidas mesmo existindo a ciclovia, furando sinais de transito, andando pelas causadas, andando pelas faixas de pedestres, etc..., esta mais que na hora de colocar ordem nesses baderneiros, e não só beneficiar com mais faixas, MORAL DA HISTORIA, E OS CARROS QUE SE FERREM!!!!!PALHAÇADA

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