quarta-feira, junho 26, 2013

DEPUTADOS COBRAM MEDIDAS DA AMPLA

Na audiência pública sobre a Ampla, promovida nessa terça-feira, 25, na Alerj, os deputados estaduais cobraram da concessionária medidas para sanar os problemas emergenciais nos 66 municípios fluminenses que atende. O deputado federal Fernando Jordão, membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal, que participou da audiência a convite do deputado estadual Roberto Henriques, requerente da audiência pública, ficou de agendar com a comissão um novo encontro no Rio em setembro, em data a ser definida pelos parlamentares em Brasília, quando a empresa apresentará um cronograma de investimentos a curto, médio e longo prazos, cobrado pelos parlamentares na audiência. A ideia é que o novo encontro reúna prefeitos, vereadores, agências reguladoras e representantes da empresa e da sociedade civil organizadora para discutir os avanços que ocorrerem após a audiência pública desta terça-feira.

O próprio Roberto, que também foi o solicitante da audiência pública da 1001, ocorrida há duas semanas, quer que os slides apresentados por ambas as empresas, com os quadros de atuação em excelência e projetos de investimentos já ocorridos e previstos para curto e médio prazos sejam coincidentes com a realidade que a sociedade vivencia. “Percebo que há uma farsa, uma omissão seja do governo, das empresas, ou das próprias reguladoras, que têm a missão de fiscalizar, mas a verdade é que o que percebemos na prática destoa do que o ocorre no cotidiano da distribuição de energia no Estado”.

A audiência foi presidida pelo deputado Paulo Ramos e contou com a presença do deputado federal Fernando Jordão, ex-prefeito de Angra dos Reis, que é membro a Comissão de Minas e Energia em Brasília e já realizou também lá audiência pública para questionar a eficiência da Ampla, hoje, a quinta maior empresa de distribuição de energia elétrica do mundo. Vereadores dos municípios de Tanguá e São Gonçalo questionaram que em seus municípios há problemas como piques de energia, redes antigas e postes obsoletos. Representantes de associações de moradores e conselhos de usuários também reclamaram das tarifas praticadas e das podas irregulares das árvores, sugerindo a atuação em conjunto com as secretarias municipais de Meio Ambiente.

José Bismark, da agência reguladora de energia e saneamento, na verdade atende a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) — por ser a concessão federal, passada ao estado por convênio —, se defendeu afirmando que não há engenheiros elétricos no quadro para fiscalizar os municípios e já pediu a contratação de 10, mas até agora não foi atendido. Ele próprio mora em Niterói e é vítima dos problemas constantes sofridos como consumidor, em períodos de festas, como carnaval e fim de ano. “É preciso descentralizar para surtir o efeito esperado”.

Roberto Henriques espera que o tempo sirva para a empresa trazer soluções. “Que neste tempo a Ampla já nos traga respostas mais concretas, trabalhos mais eficientes, planejamentos possíveis de serem executáveis, de acordo com a realidade de cada município. E se for problema com agência regularidade, que resolvamos com o governo. O que não podemos é abrir mão de exercer nosso papel de defender a sociedade.”

(ascom)

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