GAROTINHO, O MINISTRO E A BRAVATA INCOMPLETA

Quando a piada não se completa

Durante a visita do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a Campos tivemos a chance de medir a estatura do governículo municipal. É mesmo minúsculo. A agenda institucional foi secundarizada pela bravata politiqueira. A casa desse governo é o palanque.

E coube ao deputado federal, Garotinho, às vezes do clown.

Em  frente ao CRTCA de Guarús, o Ministro foi instado, à distância, por manifestantes aprovados no concurso do PSF que querem o cumprimento de seu chamamento imediato, o que vem sendo postergado pela prefeita. Um protesto singelo. Não houve nem palavra de ordem.

Irritado pela incoveniência do ato e pelo fato da Frente Democrática ter resolvido acompanhar a visita do Ministro, que se julgava institucional, o deputado resolveu dar o seu toque pessoal ao evento “administrativo”.

Acabou por falar de corda em casa de enforcado e não teve coragem de completar a bravata.

Disse ao Ministro que os tempos, em Campos, mudaram. Agora aterrissa no Município o avião branco da FAB com autoridades do governo federal. Antes descia aqui no aeroporto o avião preto da Policia Federal para levar presos secretários do governo de então e empresários, numa alusão à Operação Telhado de Vidro. Disse e riu. O seu séquito também riu às bandeiras despregadas.

O que o Garotinho não disse porque para ele não tem graça, é que os presos de Campos, aos quais ele se referiu, ficaram no mesmo pavilhão, em Bangu, onde estavam cabeças coroadas das cúpulas da Saúde e da Segurança Pública de seu governo.