sexta-feira, abril 30, 2010

ESTAMOS CRESCENDO

Na idade média as cidades eram cercadas de muros. O entorno, improvisado e carente, se organizava em forma de vilas, daí, inclusive, a origem da palavra vilão – termo atribuído a quem morava nas vilas, fora do condomínio primário e assustava os pacatos e ordeiros moradores das cidades intra-muros.
Como se vê, a desordem urbana, primeiro se afigura no crescimento da periferia. Sinal evidente que a cidade transbordou e a sobra se espalha, geralmente, disforme.
Contudo, mesmo na segurança aparente do espaço citadino cercado de muros – visíveis ou não – a falta de planejamento acaba por produzir outras distorções. O trânsito caótico é uma delas.
A nossa vila formosa sofre as conseqüências do empirismo administrativo. A qualquer hora do dia, está complicado circular de carro por alguns corredores, entre os quais Pelinca, avenida 28 de Março e rua Alberto Torres. O tumulto é evidente. A impressão, em meio ao calor, a sinfonia de buzinas e a irritação, é de uma Bombaim, com menos história, apenas.
Falta ordenamento, faltam vias perimetrais, falta um plano viário decente... por conseguinte, falta governo.
No terminal Senador Luiz Carlos Prestes, no centro velho, lotadas, vans e ônibus disputam o passageiro, que sem alternativa, escolhe a condução menos pior. Estamos crescendo, comadre.

Um comentário:

  1. "A cidade é moderna, dizia o cego aos seus filhos, os olhos cheios de terra, o bonde fora dos trilhos...". É Fernando, o preço a se pagar pelo progresso, muitas vezes, na maioria delas, é alto demais e, me pergunto neste sábado de céu nublado e de temperatura mais baixa, se vale a pena pagá-lo, não sei a resposta, confesso, tem horas que gosto do progresso, tem horas que o detesto mas, temos que reconhecer que ele veio e é inexorável...

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